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Durante o mês de novembro, o IFMG realiza, em seus ambientes acadêmicos uma campanha de conscientização voltada ao enfrentamento, combate e prevenção do assédio e da discriminação. A ação tem como objetivo sensibilizar estudantes, docentes e técnicos administrativos sobre as diversas formas de violência e discriminação que podem ocorrer dentro e fora do ambiente institucional.

Neste ano, a instituição deu início a Política de Prevenção e Enfrentamento do Assédio e da Discriminação, um marco institucional que reafirma o compromisso do IFMG com o respeito, a equidade e o acolhimento. O documento, que consolida diretrizes e procedimentos voltados à promoção de ambientes mais seguros e inclusivos, foi aprovado pelo Conselho Superior (Consup) e, posteriormente, será oficializado no âmbito da instituição.

 

Como identificar diferentes formas de violência?

Você sabe reconhecer uma violência? Nem sempre ela se apresenta de forma explícita. Muitas vezes, manifesta-se em comentários, atitudes e gestos que passam despercebidos, mas que causam dor, constrangimento e exclusão. Reconhecer essas situações é o primeiro passo para enfrentá-las.

 

Violência de gênero

A violência de gênero vai além da agressão física. Envolve também ofensas, intimidação, controle ou desvalorização motivadas por sexo, identidade ou expressão de gênero. Pode atingir mulheres, homens e pessoas LGBTQIA+.

Os dados evidenciam a gravidade do problema. Segundo a pesquisa de vitimização de mulheres elaborada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e aplicada pelo Instituto Datafolha,  32,5% das mulheres brasileiras sofreram violência física ou sexual por parceiro ou ex-parceiro, índice 27% superior à média mundial. Entre janeiro e julho de 2025, o canal oficial de denúncia Ligue 180 recebeu 86.025 denúncias de violência contra mulheres, sendo 44,3% das vítimas autodeclaradas negras, conforme o Painel de Dados do Ministério das Mulheres

No contexto institucional, a violência de gênero pode se manifestar em situações como piadas ofensivas, desvalorização de opiniões, críticas a roupas ou comportamentos, diferença de tratamento por gênero ou identidade e intimidação em razão de gênero.

 

Assédio moral e sexual

O assédio moral ocorre quando alguém é repetidamente humilhado, ridicularizado ou excluído no ambiente de trabalho ou de estudo. Já o assédio sexual envolve cantadas, toques não consentidos, olhares insistentes, comentários inadequados ou chantagens. Ambas as condutas são formas de violência que ferem a dignidade humana e comprometem o ambiente institucional, sendo passíveis de responsabilização administrativa e penal.

 

Racismo e injúria racial

O racismo e a injúria racial são expressões graves de discriminação. Enquanto o racismo atinge grupos inteiros por raça, cor, etnia, religião ou origem, a injúria racial ocorre quando alguém é diretamente ofendido com base nesses critérios. No Brasil, ambos são crimes, com tipificações e consequências distintas. 

Assim, segundo a atual legislação, o crime de racismo é tipificado como discriminar, impedir ou restringir o acesso de pessoas a direitos em razão de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. De modo diverso, o crime de injúria racial ocorre através de uma conduta onde o autor ofende a dignidade ou o decoro de alguém utilizando elementos referentes a raça, cor, etnia, religião ou origem.

Microagressões: o preconceito disfarçado

São pequenas falas ou atitudes que, embora sutis, também machucam. Interromper constantemente pessoas de minorias, presumir incapacidade por gênero ou raça, ou fazer comentários depreciativos disfarçados de brincadeira são exemplos comuns. Quando não identificadas e combatidas, essas atitudes reforçam ambientes tóxicos e desrespeitosos.

 

Como reagir?


Se você sofrer ou testemunhar qualquer forma de assédio, discriminação ou violência, o IFMG oferece apoio por meio da Rede de Acolhimento. As manifestações podem ser registradas junto à Ouvidoria, preferencialmente pela plataforma Fala.BRO registro pode ser anônimo ou identificado. No caso de registros identificados, a identidade do denunciante é protegida. Para atendimentos, dúvidas ou orientações, entre em contato pelo e-mail Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo. ou  telefone (31) 2513-5117. 

 

Saiba mais: 

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Clique Aqui | Participe da consulta pública sobre a política institucional de prevenção à violência de gênero, assédio sexual e assédio moral