Cerca de 65 estudantes dos cursos técnicos dos campi Arcos e Formiga do IFMG participaram de uma visita técnica à Estação Ecológica do Corumbá (EECO), localizada entre os municípios de Arcos e Pains, no dia 20 de setembro. A atividade integrou a programação do III Seminário Extensionista Florada no Carste do Alto São Francisco e contou também com a presença de servidores dos campi Arcos, Bambuí, Formiga e Santa Luzia.
O grupo foi recebido pela gerente da unidade de conservação e sua equipe, além de representantes da Associação Espeleológica Pró Pouso Alegre (APPA), do Museu Arqueológico do Carste do Alto São Francisco (MAC) e pelo secretário municipal de Cultura de Pains.
Para minimizar os impactos ambientais, já que a EECO é uma área de proteção integral, os visitantes foram divididos em dois grupos. Um deles conheceu o acervo do Centro de Interpretação Ambiental, que abriga peças arqueológicas com cerca de 11 mil anos e réplicas de fósseis da chamada “mega fauna” da última era do gelo. O outro grupo explorou uma caverna situada ao pé de um paredão de calcário de mais de 100 metros de altura, onde observaram espeleotemas com idade geológica estimada em 600 milhões de anos.
Após a integração dos grupos, os participantes seguiram por uma trilha ecológica até o mirante da Estação. Do local, puderam observar a paisagem típica do Carste do Alto São Francisco, marcada por áreas de mata seca do cerrado, paredões de calcário com pinturas rupestres — como as da “Posse Grande” — e o contraste com a exploração mineral e a presença de fábricas de cimento na região.
De acordo com a organização do evento, a visita técnica reforçou o papel do Florada no Carste como espaço de difusão do conhecimento científico e de valorização das características físicas e culturais da região. O evento também possibilitou a interação entre estudantes, professores, técnicos e representantes de diferentes instituições, fortalecendo a troca de experiências sobre o patrimônio natural e histórico do Alto Rio São Francisco.