A comunicação entre empresas e clientes tem se tornado cada vez mais estratégica no cenário contemporâneo. Para além de respostas rápidas, é fundamental que os assistentes virtuais compreendam profundamente as regras de negócio e a cultura organizacional das empresas em que atuam. Essa necessidade de personalização exige que tais agentes sejam treinados com base na documentação interna da instituição, respeitando a segurança da informação e garantindo custos acessíveis, já que o processamento de dados em modelos de linguagem de grande porte (LLMs) demanda recursos financeiros significativos.

Com esse desafio em mente, foi desenvolvido um projeto de pesquisa em parceria entre o Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG) – Campus Formiga, a Universidade de Brasília (UnB) e a startup OtimizAI Soluções em Inteligência Artificial. O objetivo foi criar um agente conversacional robusto, capaz de oferecer interações naturais e personalizadas, utilizando técnicas avançadas de inteligência artificial generativa e processamento de linguagem natural, com integração direta a documentos institucionais.

O esforço conjunto resultou no desenvolvimento do programa de computador LAURA (Language Automation for User Responsive Assistance), registrado oficialmente no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). O registro, BR512025001214-4, tem como titulares a Fundação Universidade de Brasília, o Instituto Federal de Minas Gerais e a OtimizAI – Soluções em Inteligência Artificial Ltda.

O software foi concebido de forma interdisciplinar, reunindo profissionais com experiências diversas. São autores do programa: Maisa Kely de Melo, professora do IFMG – Campus Formiga e pesquisadora em matemática aplicada e inteligência artificial; Victor Rafael Rezende Celestino, professor da UnB e coordenador da pesquisa; Allan Victor Almeida Faria, Estatístico e Matemático e CTO da OtimizAI; Flávio Augusto Rodrigues de Oliveira, Engenheiro Mecatrônico e CEO da OtimizAI; e Fernando Rezende Celestino, Cientista da Computação com atuação na área tecnológica. Esta parceria entre as instituições surgiu de projetos anteriores desenvolvidos pelos autores, que também são pesquisadores do Laboratório de Aprendizado de Máquinas em Finanças e Organizações da Universidade de Brasília. 

O registro mostra como a interação entre universidades e empresas pode fazer diferença na prática. Quando o conhecimento acadêmico se une à experiência do mercado, surgem soluções inovadoras e acessíveis, capazes de transformar a forma como organizações se comunicam e se desenvolvem.