Os estudantes do curso de Licenciatura em Matemática do IFMG Campus Formiga, que estão cursando a disciplina Tendência Pedagógica Inclusivas, ministrada pela professora Thais Oliveira Duque, estão participando da pesquisa de mestrado da egressa do curso Daiana Luiza de Sá.
A pesquisadora está cursando mestrado na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e ainda como estudante de graduação no Campus Formiga teve contato com o tema da sua pesquisa ao cursar a referida disciplina (Tendência Pedagógica Inclusivas) juntamente com o Estágio Supervisionado e a Residência Pedagógica. Nesse período, conhecer sobre o tema e estar próxima de crianças e adolescentes com esse transtorno sensibilizou a pesquisadora a conhecer melhor sobre ele e como afeta a aprendizagem, especialmente na matemática. Com isso a escolha do campus e da disciplina como objeto de sua pesquisa, foi motivada pela experiência inicial da pesquisadora na tentativa de possibilitar a outros alunos do curso de Licenciatura em Matemática a conhecer melhor o TDAH e possibilidades de apoiar esses alunos em sala de aula.
O projeto de pesquisa de Daiana pretende investigar investiga a mobilização de percepções de futuros professores de matemática sobre o ensino de matemática para alunos com TDAH. Nele a pesquisadora busca, além de abordar as características do transtorno; como ele impacta no desenvolvimento intelectual das pessoas e como ensinar matemática para crianças/ adolescentes com TDAH, levar pais, professores, pessoas com TDAH e profissionais da saúde que possam falar um pouco mais sobre o tema e esses aspectos, proporcionando um momento de troca de experiências e conhecimentos, e assim analisar como essa participação contribui na formação dos licenciandos.
A atividade para a pesquisa de mestrado foi desenvolvida no sábado, dia 14 de maio, no Laboratório de Matemática e contou com a presença da professora doutora Ana Christina Mageste, que é psiquiatra. A médica conversou com os alunos sobre TDAH, explicando, do ponto de vista clínico, como os licenciados podem ajudar os alunos com suas práticas. Após a explanação da doutora os alunos apresentaram propostas de atividades que podem ser desenvolvidas deixando a Matemática mais acessível e palpável para os alunos com ou sem o transtorno. A psiquiatra elogiou as atividades pontuando com algumas observações pertinentes e ajustes quanto à finalização das sequências para aplicação futura nas salas de aula.
Além de terem colaborado com a pesquisa de Daiana, as atividades criadas compõem o Projeto Integrado de Prática Educativa (PIPE), desenvolvido na disciplina, que tem por finalidade principal associar os conteúdos e práticas estudadas no Curso de Licenciatura em Matemática com a realidade educacional nos ensinos fundamental e médio.