O Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas (Napnee) do Campus Formiga (https://formiga.ifmg.edu.br/napnee), a partir do mês de outubro, irá divulgar alguns conteúdos com vista à promoção da cultura da inclusão. O projeto chama-se “Metamorfose inclusiva: transformando mentes”. Neste mês de outubro, a primeira sugestão é um filme, que tem o objetivo de lançar o olhar da comunidade acadêmica para a dislexia, discalculia.

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“Metamorfose inclusiva: transformando mentes”

Em outubro, o Napnee indica O filme “COMO ESTRELAS NA TERRA: TODA CRIANÇA É ESPECIAL” que aborda a questão da inclusão

Você já imaginou se não lesse as letras da mesma forma que a maioria das pessoas leem ou não enxergasse os números assim como a maioria de seus colegas? E se, na maioria das vezes você não tivesse toda sua atenção focada em uma conversa com uma pessoa, ou mesmo com um grupo? – Imagina em uma sala de aula então?! – Já se perguntou se você fosse tachado de distraído, ou pior, de alguém que não dá a mínima para os demais, que só pensa em si, um “avoado”?

O filme “COMO ESTRELAS NA TERRA: TODA CRIANÇA É ESPECIAL” relata o drama vivenciado por Ishaan Awasthi, um menino que pode ser descrito como alguém que vivenciou, na pele, as situações descritas acima. Não lia da mesma forma que a maioria de seus colegas, pois não enxergava as letras como todos, visto que sofria de dislexia. Não percebia os números como a maioria de seus colegas, pois sofria de discalculia. Passou a maior parte de sua infância sendo tachado de “avoado”, desinteressado, alguém que não teria qualquer futuro, não iria a lugar algum. No entanto, Shankar Nikumbh, um professor que percebeu suas peculiaridades e a necessidade de uma educação especializada, mostrou que Ishaan Awasthi aprendia diferente, por isso, necessitava de um método de aprendizagem que respeitasse sua particularidade, sua necessidade específica e, assim, teve sua vida transformada e se mostrou como alguém que é capaz.

O artigo 4º, da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência – Lei nº 13146/2015) deixa claro que “Toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades com as demais pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação”. Por isso, a educação especializada tem o objetivo de garantir essa “igualdade de oportunidades”, não para dizer que o/a estudante com necessidades educacionais específicas precisam ser tratados como necessitados de ajuda, mas para mostrar que esse/essa estudante necessita que sua individualidade, suas necessidades específicas, sejam atendidas para podermos falar de “igualdade de oportunidades”, para que a educação seja capaz de desenvolver o melhor de cada estudante.

O filme está disponível no serviço de streaming Netflix e no Youtube: (https://www.youtube.com/watch?v=6rxSS46Fwk4). A proposta é que a história da ficção ajude a rever algumas preconcepções sobre as pessoas, a pensar sobre a melhor forma de conduzir a educação de nossos estudantes, a almejar a inclusão de fato, para podermos ser capazes de falar de “igualdade de oportunidades”.