Psicóloga do IFMG dá orientações para estudantes se adaptarem à rotina das aulas e atividades acadêmicas remotas. Leia o artigo e compartilhe com os colegas!

Estamos em um momento no qual a rotina habitual, a “normalidade”, foi interrompida. Assim, construímos, a cada dia, um novo cotidiano. Por enquanto, vamos conviver com as máscaras, com os riscos e com o Ensino Remoto Emergencial. É uma circunstância de mudanças e repleta de incertezas, na qual é preciso lidar com o distanciamento social, com a rotina de cuidado e prevenção e com o medo do adoecimento e de perder pessoas próximas. Em uma situação assim, são esperados sentimentos como ansiedade e medo, pois essas são emoções que desempenham a função de alerta e nos preparam para lidar com os riscos, nos resguardar e nos cuidar.

É fundamental entender que o contexto do Ensino Remoto exige adaptação, renovação, flexibilidade, desenvolvimento de novas habilidades... Paciência! Defina um local apropriado de estudos, que favoreça a concentração, a postura... O momento exige uma maior autonomia, comprometimento, foco e disciplina. Durantes os estudos, evite redes sociais ou olhar notificações. 

Busque recursos para se organizar (agenda, lembretes, calendário, relação de tarefas/subtarefas diárias). Utilize a tecnologia a seu favor! Estabeleça objetivos e metas. Defina estratégias e adeque conforme for observando o que funciona melhor para você, como métodos, horário, local... Tire as dúvidas! Evite acumular atividades... 

Nossa casa é cheia de distrações: cama, cachorro, crianças, celular etc.  Sem falar que o(a) professor(a) não está ali, presencialmente, o tempo todo da aula orientando sobre o que deve ser feito. Leia atentamente as orientações disponibilizadas. Lembre-se que você não está sozinho(a)! Busque ajuda com os(as) colegas, a família, os(as) professores(as), coordenador(a) de curso e com a equipe pedagógica. 

É importante estabelecer uma rotina funcional e viável, considerando as diferenças individuais e os contextos familiares. É preciso estudar bastante, mas também descansar, interagir, ter momentos de lazer... Busque equilíbrio! É necessário olhar para si, observar suas demandas, as possibilidades e encontrar o que faz sentido para seu autocuidado e para o cuidado do outro. 

Oscilações de humor e emoções negativas podem surgir. Avalie se esses sentimentos são duradouros, muito intensos, paralisantes... Busque formas saudáveis para extravasar as emoções negativas e lidar com a ansiedade, como meditação, atividades físicas, ioga, alongamentos, práticas espirituais, exercícios respiratórios... 

Pense sobre o que te faz se sentir bem. Expresse-se! Escreva, desenhe, pinte, dance... Mantenha contato com pessoas queridas, ainda que virtualmente. Compartilhe sentimentos e preocupações e não os menospreze. Se necessário, não deixe de buscar apoio profissional.

Texto: Viviane Gonçalves – Psicóloga do IFMG Campus Formiga

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