Resolução aprovada no Conselho Superior prevê desenvolvimento de estrutura organizacional para estimular inovação e dar apoio a novos negócios nos campi.
Com a aprovação da Resolução nº 02/2020, o IFMG passa a contar com a Rede de Incubadoras Arquipélago (RIA), uma estrutura organizacional que será responsável pelo suporte e funcionamento de incubadoras de empresas que venham a ser instaladas nos campi da instituição. Vinculada ao Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) e à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação, a RIA será constituída de estrutura física e de pessoal destinada a fomentar empreendimentos inovadores. A nova regulamentação, que foi aprovada pelo Conselho Superior em 12 de dezembro de 2019, entrou em vigor neste mês, após sua publicação no portal institucional.
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Por meio da resolução, o IFMG objetiva promover formação complementar de empreendedores em áreas compatíveis com as atividades de ensino, pesquisa e extensão, levando em conta aspectos técnicos e gerenciais. Em cada campus, as Incubadoras Arquipélago ficarão vinculadas à direção-geral do campus, que vai assegurar recursos físicos (local, móveis, equipamentos e demais materiais de escritório) e humanos, além de implementar medidas necessárias para viabilizar a execução das atividades administrativas, financeiras e operacionais pela equipe de gestão local. Já a Reitoria poderá promover editais para fomentar a implantação das Incubadoras Arquipélago.
Empreendedores da comunidade interna e externa interessados em transformar ideias e projetos em produtos, processos ou serviços com inovação tecnológica, que atendam ou induzam demandas de mercado, poderão contar com o apoio das incubadoras do IFMG. A RIA não proverá recursos financeiros ou humanos para as empresas participantes do sistema de incubação, mas irá contribuir com a sua criação, o seu desenvolvimento e a sua consolidação no mercado de inovação.
De acordo com o professor Tiago Simão Ferreira, coordenador do NIT, “as incubadoras vão apoiar o desenvolvimento de novos negócios, fornecendo serviços de apoio administrativo e de consultoria até que eles possam se graduar e funcionar de forma autônoma”. Além disso, o IFMG poderá fornecer capacitação e apoio técnico aos empreendedores, de modo a assegurar o aprimoramento gerencial, tecnológico e a inserção de novos produtos, processos ou serviços no mercado. A RIA ajudará na articulação das empresas incubadas com entidades parceiras, visando ao acesso das informações científicas.
O próximo passo será o lançamento de um edital de fomento a ambientes de inovação, que está previsto para março deste ano. “Uma das propostas de atuação desses espaços é de funcionar como estrutura de incubação”, explica o professor.
O trabalho de desenvolvimento da RIA foi feito ao longo de quase um ano, com a participação de atores de todos os campi do IFMG. Segundo Tiago Simão, foram realizadas visitas técnicas nas incubadoras de outras instituições no Rio de Janeiro e no Ceará. Em seguida, foi dado início ao trabalho interno, no qual cada campus selecionou três servidores para atuar no processo. “Esse grupo participou do Bootcamp, ministrado pelo Sebrae/MG, e também de uma capacitação oferecida pela incubadora do Cefet/RJ. A primeira versão da resolução foi enviada aos diretores dos campi, que fizeram várias considerações e sugestões. A versão final foi, então, apresentada ao Colégio de Dirigentes e, posteriormente, aprovada no Conselho Superior”, conta.
No IFMG, alguns campi já possuem salas ou espaços disponíveis para a instalação da incubadora e do “hub de inovação”. Já aqueles que não possuem o espaço poderão trabalhar com programas de pré-incubação até terem uma estrutura para receber as empresas nascentes. O coordenador da RIA, que ficará à frente desse apoio aos campi é o professor do Campus Betim, Norimar de Melo Verticchio, que receberá o suporte da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação.